É inegável que a tecnologia se tornou indissociável da área da saúde: desde novos exames até tratamentos mais modernos, ela já faz parte do cotidiano de profissionais e pacientes. E, com o biofeedback, não é diferente.

Embora essa técnica possa ser usada por diversas áreas — como a medicina e a psicologia —, foi na fisioterapia que mais se destacou. Por isso, explicaremos o que é biofeedback e as suas principais aplicações. Continue lendo para saber mais!

O que é o biofeedback?

“Feedback“ significa, literalmente, retroalimentação. O termo é utilizado quando um indivíduo precisa saber se uma ação teve o efeito necessário, sendo útil nas mais diversas áreas.

O biofeedback se refere a essa monitoração de variáveis do próprio corpo. Com ele, é possível ter consciência de atos involuntários e pequenos movimentos — daí o seu uso na fisioterapia, área em que a compreensão do próprio corpo é fundamental.

Quais são as suas aplicações na fisioterapia?

É na fisioterapia que o biofeedback mais se destaca atualmente, mostrando ser uma arma poderosa para diversos tratamentos. Sua principal função é transformar ações que passariam despercebidas em sinais objetivos, conscientizando o paciente sobre o próprio corpo.

Uma das grandes vantagens do uso do biofeedback é o seu caráter minimamente invasivo. Diferentemente de métodos radiográficos, por exemplo, ele não traz maiores complicações e pode ser usado rotineiramente.

Confira, a seguir, 3 dos principais exemplos do uso dessa técnica.

Eletromiografia de superfície para incontinência urinária

A maior causa da incontinência urinária é o enfraquecimento da musculatura do assoalho pélvico. Esses músculos são fundamentais para que possamos controlar nossos hábitos fisiológicos, como a micção e a evacuação. Com a idade, no entanto, essa musculatura vai enfraquecendo e dando origem às disfunções.

Na fisioterapia pélvica, a incontinência urinária traz um importante desafio. Como os músculos da pelve são pouco visíveis, não estamos acostumados a isolar seus movimentos e treiná-los pode ser mais difícil. É por isso que o biofeedback pode acelerar o processo e mudar o rumo do tratamento da incontinência urinária.

Durante o treinamento, eletrodos são colocados na pele do paciente que, então, contrai a musculatura pélvica. Eles captam a atividade elétrica dos músculos e enviam para um software que analisa e interpreta os pulsos. Força de contração, intensidade do estímulo e tempo de resposta são algumas das variáveis medidas.

Após ajustes, o aparelho transforma a captação em estímulos sonoros ou visuais. Assim, conseguimos compreender quando estamos realizando corretamente o exercício e ampliar nosso aprendizado, o que aumenta a eficácia do tratamento.

Biofeedback de pressão perineal

A pressão perineal faz parte do nosso controle esfincteriano, atuando constantemente nas estruturas da pelve. Para fortalecer a região da maneira correta, são usados aparelhos que medem a variação da pressão da musculatura do períneo — os perineômetros. De modo similar à eletromiografia de superfície, eles medem a qualidade da contração dos músculos da região.

Porém, diferentemente da eletromiografia, o perineômetro é uma sonda que pode ser colocada na vagina ou no ânus. Com isso, temos informações precisas sobre o funcionamento da musculatura para ajustar e focar no fortalecimento dos músculos corretos.

Unidade pressórica de biofeedback

A unidade pressórica de biofeedback (UPB) é um aparelho utilizado para medir a pressão. Para utilizá-lo, o paciente deve deitar em uma superfície rígida, como uma maca. Então, ele é posicionado na região dorsal, fornecendo dados sobre a força e o controle da musculatura abdominal.

Como vimos, o biofeedback na fisioterapia é de grande valia e se mostra cada vez mais presente em várias modalidades de tratamentos. A conscientização acerca de seu próprio corpo e de seus movimentos pode fazer toda a diferença, principalmente em áreas pouco visualizadas.

Se ainda restou alguma dúvida sobre o assunto, estamos à disposição para te ajudar. Entre em contato conosco e saiba tudo sobre o biofeedback!